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ODS 9 na Indústria Calçadista: Inovação e Sustentabilidade 4,0

  • Foto do escritor: Origem Sustentável
    Origem Sustentável
  • 24 de jun.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 25 de jun.

Em meio a uma transformação digital sem precedentes, o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 9 (ODS 9) da ONU — “Indústria, Inovação e Infraestrutura: construir infraestruturas resilientes, promover a industrialização inclusiva e sustentável e fomentar a inovação” — orienta a indústria calçadista brasileira, hoje a quarta maior do mundo. Em 2024, foram produzidos 929,5 milhões de pares e mantidos 282,2 mil empregos formais, com projeção de 942,5–949,9 milhões de pares em 2025. O grande desafio é conciliar escala e competitividade com processos inteligentes, eficientes no uso de recursos e socialmente inclusivos.


No Rio Grande do Sul, a infraestrutura resiliente (ODS 9.1) se materializa em micro-fábricas modulares e automação flexível, que ajustam volumes e prazos em tempo real, reduzem estoques e custos logísticos — tudo monitorado por sistemas e redes de alta capacidade. Já a industrialização inclusiva (ODS 9.2) ganha fôlego em laboratórios de co-criação, onde artesãos, startups e universidades se reúnem em hackathons setoriais para combinar saberes tradicionais e digitais, garantindo que pequenos fornecedores acompanhem a modernização.


Para manter o ritmo de crescimento, o acesso a serviços financeiros (ODS 9.3) contou com linhas de crédito e programas de financiamento que, em 2024, viabilizaram 1,7 mil novos empregos formais ao financiar maquinário e processos de digitalização. Além disso, 71 % das empresas já adotam práticas formais de governança e 29 % publicam relatórios regulares de sustentabilidade, reforçando seu compromisso com ESG.


Paralelamente, a meta de processos limpos e uso eficiente de recursos (ODS 9.4) avança com circuitos fechados de água — em setores como a siderurgia brasileira já se alcança até 90 % de reuso do volume de processos em sistemas integrados — e com rastreamento em blockchain de insumos e resíduos, promovendo total transparência, facilitando auditorias em tempo real e reduzindo perdas operacionais. No campo da inovação (ODS 9.5), estudos mostram que gêmeos digitais — réplicas virtuais que simulam as linhas de produção antes de qualquer intervenção física — podem reduzir em até 50 % o tempo de desenvolvimento de novos protótipos, além de otimizar o uso de matéria-prima.


Ainda restam dois desafios críticos: ampliar convênios internacionais de pesquisa e desenvolvimento (ODS 9.a), criando um comitê setorial permanente para compartilhar know-how com indústrias de países em desenvolvimento, e mobilizar o setor junto a órgãos públicos (ODS 9.b), instituindo incentivos fiscais e normativos que

estimulem a diversificação industrial.


Seguir o roteiro de evolução contínua proposto pelo Origem Sustentável — certificação ESG exclusiva para a cadeia calçadista desde 2013 — significa integrar todas essas práticas num único plano de ação. Só assim o Rio Grande do Sul - Brasil manterá sua posição de vanguarda, construindo uma indústria calçadista cada vez mais resiliente, inclusiva e inovadora para as próximas décadas.




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Felipe Leão

Coordenador do Núcleo de Gestão e Educação Ambiental - FACCAT

Coordenador da Câmara de Responsabilidade Social e Sustentabilidade do CRA-RS (Conselho Regional de Administração do Rio Grande do Sul)


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